Pioneira na tecnologia para a produção do etanol de segunda geração, ou celulósico, a Raízen tem o compromisso de desenvolver a energia do futuro por meio de fontes renováveis e mais sustentáveis. O biocombustível é gerado a partir dos coprodutos da cana-de-açúcar (palha e bagaço) usada no processo tradicional de fabricação de etanol e açúcar. Dessa maneira, permite incrementar a nossa produção anual de etanol, sem precisarmos aumentar a área cultivada.
Em novembro de 2014, iniciamos a operação de nossa primeira planta industrial para a fabricação do biocombustível em escala comercial. Finalizada em tempo recorde, a unidade localizada em Piracicaba (SP) hoje produz 40 milhões de litros de etanol a mais por ano.
A tecnologia de segunda geração foi elaborada e aprimorada ao longo de anos de estudos e planejamento. A Raízen investiu R$ 237 milhões em pesquisa, desenvolvimento e infraestrutura. Hoje, essa inovação representa a chave para tornar o etanol ainda mais competitivo e atender à crescente demanda por biocombustíveis no Brasil e no mundo.
Benefícios do etanol de segunda geração:
Aproveitamento da cana-de-açúcar e seus subprodutos;
Utilização de insumos já disponíveis nas unidades, apresentando uma vantagem logística;
Aumento da fabricação de etanol em até 50% sem ampliar a área de cultivo;
Produção do biocombustível mesmo durante a entressafra da cana;
Redução da emissão de carbono durante a produção, gerando um combustível mais limpo.
Tecnologia e reaproveitamento
A Raízen, em parceria com a Iogen Corporation, é uma das acionistas da Iogen Energy, que desenvolveu a tecnologia de processamento da biomassa para a produção do etanol celulósico. Com a tecnologia de segunda geração, os coprodutos da fabricação convencional de etanol e açúcar, que, em parte, já são direcionados à cogeração de energia, serão matéria-prima para produção dessa nova geração do biocombustível.
Durante a fabricação do etanol celulósico, os resíduos passam por um pré-tratamento em que as fibras são desestruturadas e, depois, são transformadas em açúcares solúveis por meio de processo chamado “hidrólise enzimática”. Nessa etapa, utilizamos uma tecnologia de enzimas específica para a fabricação do etanol de segunda geração, desenvolvida pela empresa dinamarquesa Novozymes.
Na fase seguinte, a fermentação converte o açúcar em etanol, que é purificado na destilação e enviado para a comercialização. A composição do produto final é idêntica à do etanol de primeira geração, diferenciando-se apenas pela matéria-prima utilizada no processo produtivo.
Até 2024, a Raízen planeja construir mais sete plantas de etanol celulósico, além da primeira inaugurada em Piracicaba. A expectativa é que essas unidades, ao serem localizadas próximas a plantas para produção de primeira geração, operem com capacidade máxima e produzam um bilhão de litros de etanol por ano.
Para saber mais sobre como a Raízen investe para aumentar a eficiência de seus processos produtivos e operações, acesse o nosso Relatório de Sustentabilidade.
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A tecnologia de segunda geração permite produzir etanol durante a entressafra da cana
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O etanol celulósico tem composição idêntica à do etanol de primeira geração
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As unidades de etanol celulósico podem ampliar nossa produção em até 50%
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Investimos R$ 237 milhões em nossa primeira planta de etanol de segunda geração
Curiosidades
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Pesquisa
Desenvolvemos e aprimoramos nossa tecnologia de segunda geração na Iogen Energy, empresa canadense. Durante o período de pesquisa, enviamos mais de mil toneladas de bagaço de cana-de-açúcar do Brasil para o Canadá.
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Armazenamento
No processo tradicional de produção de etanol, a cana-de-açúcar deve ser utilizada em até 24 horas após sua colheita. Já para gerar o etanol celulósico, os coprodutos da cana podem ser armazenados para fabricar o biocombustível durante a entressafra.
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Celulose
O açúcar utilizado na produção de etanol de segunda geração é obtido a partir da quebra moléculas de glicose que compõe celulose. Por isso é chamado de etanol celulósico.
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Logística
Desenvolvemos uma equação logística para o melhor transporte da palha da cana. Assim, otimizamos a fabricação de etanol de segunda geração sem aumentar nossos custos.
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Indústria
Com a geração do etanol celulósico, podemos aumentar a eficiência de outros processos produtivos e fornecer matérias-primas mais sustentáveis e competitivas para indústrias químicas, farmacêuticas e de bebidas.
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Tecnologia
O desenvolvimento e a implantação da tecnologia de segunda geração contribuem para tornar o setor sucroenergético brasileiro mais competitivo e desenvolver os profissionais do país que atuam na área.
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Cogeração
A cogeração de energia também utiliza subprodutos da cana, mas não é afetada pela produção do etanol celulósico. Isso porque separamos os açúcares das fibras, fornecendo um tipo diferente de insumo para cada processo.
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Produção de açúcar
O etanol celulósico, ao utilizar os resíduos da cana em sua fabricação, não interfere na produção de açúcar.
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Energia
O potencial energético da palha e do bagaço da cana-de-açúcar correspondem a dois terços do potencial total dessa matéria-prima.
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Pegada de carbono
Em comparação ao etanol de primeira geração, que já apresenta baixos índices de emissão, o etanol celulósico emite cerca de 35% menos carbono na atmosfera.