SOMOS ENERGIA QUE PLANEJA O AMANHÃ...

Neste capítulo

... com sustentabilidade...

O desenvolvimento sustentável é nossa proposta de valor a todos os clientes e parceiros.

Em 2020 passou a vigorar o Acordo de Paris, aprovado em 2015 por mais de 190 nações a fim de estabelecer iniciativas para limitar o aumento da temperatura média global a 1,5° Celsius acima dos níveis pré-industriais. O Brasil participa desse acordo com a meta inicial de reduzir 37% das emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE) em comparação com 2005. As Contribuições Nacionalmente Determinadas incluem, entre outras medidas, o aumento de 18% da participação de bioenergia sustentável na matriz energética do País até 2030.

Os biocombustíveis assumem posição estratégica nesse contexto, visto sua pegada de carbono significativamente menor que a dos combustíveis fósseis. Assim, para contribuir no cumprimento dos compromissos assumidos, o governo instituiu, em 2017, a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), cuja vigência se iniciou em dezembro de 2019. O principal instrumento da medida é o estabelecimento de metas anuais de descarbonização para o setor brasileiro de distribuição de combustíveis, desdobradas em metas específicas para cada distribuidora com base na sua atuação no ano anterior. As metas são cumpridas por meio da compra dos CBios, créditos gerados pelos produtores de biocombustíveis de acordo com a intensidade de carbono de seus processos produtivos.

É nesse contexto que reforçamos a sustentabilidade como pilar de negócios responsáveis e elemento que sempre marcou a nossa trajetória. Desde 2011, quando iniciamos as atividades, quantificamos nossas emissões de GEE (ver aqui ). Em 2015, passamos também a responder aos questionários do Carbon Disclosure Project (CDP), iniciativa do setor financeiro que se tornou o principal banco de dados internacional com foco em temas como Mudanças Climáticas, Água e Florestas, e que busca entender a evolução de empresas e cidades em relação a esses temas. Em 2019, alcançamos o nível B e seguimos em busca do status de Leadership.

Nossa visão vai mais longe: queremos obter garantias de fornecimento sustentável para toda a nossa cadeia produtiva. Em relação à cana própria, detemos o maior volume do mundo certificado pela Bonsucro 5 – em mais de 84,6% de nossas plantas – e trabalhamos com a meta de estender às demais até 2022. Para conhecer a lista completa de certificações de nossas operações, clique aqui .

Nossa estratégia de certificações abrange também o nosso etanol de segunda geração (E2G), produzido a partir do bagaço da cana-de-açúcar. A produção, que teve início em 2014/2015, está integrada à unidade Costa Pinto, em Piracicaba (SP), e alcançou o índice de produtividade de 226 litros de E2G por tonelada de biomassa em base seca. Toda operação atende aos mais rigorosos padrões de sustentabilidade de Bonsucro e ISCC, além dos critérios de acesso ao mercados americanos e da União Europeia.

Já em relação à cana adquirida de terceiros, desenvolvemos programa de melhoria contínua para qualificação que contemplou mais de 99% dos fornecedores 6 de cana da safra 2019/2020, excluindo-se os fornecedores de cana contratados no mercado spot . (ver aqui ). Dessa forma, podemos assegurar a origem sustentável da nossa matéria-prima e que os processos de produção da cana-de-açúcar estejam cobertos por programas que garantem e/ou contribuem com a melhoria contínua de aspectos sociais, ambientais, éticos e de governança.

5 Programa de certificação para a transformação da indústria da cana de autoria da Bonsucro, associação internacional cujo objetivo é reduzir os impactos ambientais e sociais da produção de cana-de-açúcar por meio do desenvolvimento de um padrão.
6 O percentual de fornecedores atendidos pelo Programa ELO e, consequentemente, o volume de cana contemplado pelo programa variam ao longo do ano-safra devido à entrada de novos fornecedores e términos de contratos. No fechamento da safra 2019/2020, a iniciativa contemplou 99,57% do número de fornecedores.

Padrões e certificações

Portfólio integrado de energia renovável

Somos uma empresa integrada de energia que lidera o processo de transição energética no Brasil por meio de seus produtos e de sua plataforma de tecnologias para a melhor utilização da biomassa.

Nossos projetos levam em consideração todo esse cenário e os conceitos de economia circular e gestão de resíduos para compor um portfólio de produtos sustentáveis que agregam resiliência e relevância ao negócio.

Etanol de 1ª geração

Da cana-de-açúcar, extraímos o etanol de primeira geração – bem como outros tipos de etanóis utilizados em diferentes indústrias. O biocombustível possibilita a redução de emissões atmosféricas. De 2003, quando foi lançada a tecnologia de carros flex , até dezembro de 2019, o consumo de etanol (anidro e hidratado) reduziu as emissões de GEE em 600 milhões de toneladas de CO 2 eq 7 .

Quando avaliadas as emissões de GEE no ciclo de vida dos combustíveis, o etanol proporciona reduções muito significativas. Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) indicam ainda que a emissão de CO 2 eq do cultivo da cana-de-açúcar até a queima do combustível no veículo atinge, em uma usina típica brasileira, 440 kg por m³ (1.000 litros), enquanto o volume de emissão equivalente para a gasolina totaliza 2,8 toneladas por m 3 .

Considerando os diferentes conteúdos energéticos de cada combustível para uma comparação adequada, a mistura de até 27% de etanol na gasolina (E27) proporciona uma redução de 15% das emissões de CO 2 eq por quilômetro rodado em relação à gasolina pura. Se o E27 é usado em um veículo híbrido, a redução é de 35% 8 .

Nos últimos 20 anos, o uso do etanol hidratado pelo Brasil possibilitou a substituição no consumo de gasolina em mais de 100 bilhões de litros, evitando a importação de combustível fóssil, que teria custado US$ 50 bilhões. A expectativa é de crescimento da demanda, impulsionada pela Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio) (ver mais aqui ).

7 A metodologia usada para o cálculo leva em conta, entre outros fatores, ciclo de vida do etanol, tamanho e reposição da frota de automóveis leves (ANFAVEA) e a participação do etanol (anidro e hidratado) na matriz energética de transportes.
8 Fonte: UNICA 2019.

Cogeração de energia

Com relação à cogeração a partir da biomassa, temos 26 unidades de produção autossuficientes em energia e contamos com 13 usinas que exportam energia para o grid, nos posicionando como a maior empresa do Brasil no setor. Em outubro de 2019, celebramos vitória em um dos leilões de energia nova (A-6) com um projeto de expansão e, em 2020, esperamos ampliar ainda mais nossa geração de bioenergia, dada a maior disponibilidade de cana.

Biogás

Na Unidade Bonfim, em Guariba (SP), seguimos trabalhando, em parceria com a Geo Energética e Sebigás, na construção da nossa planta de biogás. As operações, previstas para o início de 2021, aumentarão em cerca de 40% a geração de energia elétrica na unidade. A meta é atingir a capacidade total de 21 MW até 2023.

O investimento totalizará R$ 153 milhões, e a tecnologia empregada baseia-se na conversão de torta de filtro e vinhaça – dois subprodutos do processo produtivo – em biogás. A vinhaça será operada na safra, enquanto a torta de filtro, uma das grandes inovações da planta, terá operação durante o ano inteiro. Isso porque é possível armazenar a torta, o que gera estabilidade no processo biológico do biogás e grande sinergia para atuar com a vinhaça.

Com capacidade de produzir cerca de 138 mil MWh por ano, dos quais 96 mil MWh serão vendidos no âmbito de um leilão com suprimento cumprido a partir de janeiro de 2021. O valor excedente de energia poderá ser negociado no mercado livre ou por meio de outros contratos bilaterais. Acreditamos que o desenvolvimento desse projeto pode ser um marco de expansão dessa fonte, principalmente no interior de São Paulo, Minas Gerais e na região Centro-Oeste do Brasil – dada a disponibilidade de matéria-prima nessas localidades.

Etanol de Segunda Geração (E2G)

O Etanol de Segunda Geração (E2G) diferencia-se do etanol comum apenas pela matéria-prima utilizada, a qual consiste nos subprodutos do processo produtivo (bagaço e palha). Assim, a tecnologia permite o melhor aproveitamento da matéria-prima à medida em que incrementa a capacidade produtiva de etanol em até 50% utilizando a mesma área plantada.

Atualmente há um grande mercado para esse combustível na Califórnia (Estados Unidos), para onde exportamos quase toda a nossa produção, além de uma crescente demanda no mercado europeu. Já no mercado interno, fornecemos o produto para diferentes tipos de indústrias, a exemplo do Grupo Boticário, que passou a utilizar o E2G na fabricação de alguns de seus perfumes. Somos pioneiros em oferecer a solução para a indústria de cosméticos do Brasil! Veja mais aqui .

Pellets

Em outubro de 2019, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a nossa compra de 81,5% da Cosan Biomassa, que produz e comercializa pellets de bagaço e palha de cana-de-açúcar, atendendo clientes no exterior que utilizam nossos produtos. A operação conta com a parceria da Sumitomo e tem a produção concentrada na Unidade Diamante.

Sendo um produto que pode ser usado para a substituição de carvão em termelétricas, os pellets indicam um promissor mercado internacional, cuja demanda deve crescer ainda mais ao longo dos próximos 20 anos.

Soluções Energéticas

Temos participado ativamente das discussões de modernização do setor e nos preparando para as transformações que estão por vir: temos ampliado nossa presença no mercado livre de energia e buscado o desenvolvimento de projetos de geração distribuída para nossos parceiros.

Além disso, por meio da joint venture que firmamos com a WX Energy, criamos soluções integradas e customizadas para diferentes perfis de clientes – o que nos proporciona gerar fluxo de contratos ao passo em que diversificamos a oferta de produtos e serviços em nosso portfólio.

Geração Distribuída (GD)

Em junho de 2019, inauguramos nossa primeira planta de painéis fotovoltaicos. O empreendimento, ainda em caráter piloto, está localizado em Piracicaba (SP). São 3.800 placas inseridas em uma área de 40 mil m2, tamanho equivalente a dois campos de futebol – o que representa a maior área destinada à energia solar distribuída no Estado de São Paulo. Essa fase inicial beneficia 18 postos de combustíveis da marca Shell e dois clientes B2B. Estima-se que esses parceiros possam ter uma economia mensal com energia entre R$ 5 mil e R$ 10 mil. Além disso, com o projeto, passamos a ter cerca de 1.01 GW de capacidade instalada em todo nosso portfólio de energia, o suficiente para abastecer uma cidade do tamanho do Rio de Janeiro (RJ) por um ano.

A planta marca nossa entrada no mercado de Geração Distribuída (GD), nos quais as usinas são conectadas diretamente na rede de distribuição. Em linha com a necessidade de diversificação da matriz energética e com a busca pela maior independência do consumidor, o avanço tecnológico e a busca pela minimização de impactos ambientais, esse mercado vem se estabelecendo no mundo como uma das alternativas mais eficientes para suprir o aumento do consumo de eletricidade.

Sustentabilidade na estratégia |GRI 102-43, 102-44, 102-46|

A sustentabilidade é um vetor de nossos negócios.

Queremos ser referência em sustentabilidade nos setores em que atuamos por meio da incorporação das melhores práticas ambientais, sociais e de governança, promovendo e compartilhando valor na cadeia. Assim, incorporamos o tema como elemento central em nossa estratégia e, por isso, ao longo da safra 2019/2020, fomos além: iniciamos a estruturação de um plano estratégico que busca endereçar ações e definir metas com base em temas prioritários para a perenidade de nossos negócios.

O trabalho iniciou pela análise de temas relevantes e tendências de sustentabilidade dentre mais de 30 clientes e instituições financeiras, além de especialistas dos setores sucroenergético e de combustíveis e público interno.

Como resultado, priorizamos alguns temas, que irão compor o Plano Estratégico de Sustentabilidade, após um estudo aprofundado e definição de ambições, planos de ação e metas a serem estrategicamente estruturadas a partir das próximas safras.

Temas como Energia; Mudanças climáticas; Água e efluentes; Uso da terra; Resíduos sólidos; Relacionamento com o entorno; Diversidade e direitos humanos; e Compras sustentáveis ocupam um espaço relevante em nossa agenda e estão detalhados em nosso Caderno de Indicadores . |GRI 102-47|

Para aprimorar a governança da Sustentabilidade, implementamos ainda o Comitê de Sustentabilidade, com representantes da Alta Liderança, como CEO e Vice-Presidentes, que discutem de forma estratégica a nossa agenda para o tema. |GRI 102-18|

O Comitê de Responsabilidade Social Corporativa também integra essa estrutura de governança. No âmbito dessa instância, são debatidas questões entre representantes dos nossos dois acionistas (Shell e Cosan), as quais posteriormente são endereçadas ao nosso Conselho de Administração. | GRI 102-18|

Compromisso com o desenvolvimento sustentável

Atuamos em linha com nossos acionistas no estabelecimento de compromissos com o desenvolvimento sustentável, correlacionados com metas a serem perseguidas com base em planos estrategicamente estruturados, em concordância com agendas globais, como a 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU). Dessa forma, somos cada vez mais impulsionados a protagonizar as transformações necessárias para o futuro de uma sociedade mais igualitária, abastecida por diversas formas de energia cada vez mais limpas e eficientes.

Clique aqui para conhecer a a abordagem e o posicionamento de sustentabilidade da Shell e da Cosan. Vamos juntos!

... com boas práticas...

... seguras...

A vida em primeiro lugar.

Segurança é um elemento que compõe a nossa cultura (ver em Nossa RAIZ ) e, por isso, investimos continuamente em programas e ações, que envolvem treinamentos e ações educativas.

A nossa liderança conta com um sistema de gestão – o Sistema Integrado de Gestão das Operações (SIGO) –, que direciona as operações no dia a dia e disponibiliza ferramentas que auxiliam na prevenção de acidentes. As diretrizes em relação ao tema estão documentadas em nossa Política de Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Sustentabilidade (SSMA) e são difundidas por comitê corporativo especializado no tema.

Em escritórios, unidades produtoras e terminais de distribuição, em todos os níveis funcionais, nosso objetivo é fazer com que todos os trabalhadores sejam agentes de conscientização. Por isso, ao longo de todo o ano-safra, foram promovidas diversas ações para reforçar a meta de Zero Acidente.

Um dos destaques é o Dia da Segurança, evento que valoriza a vida, mobilizando todos os funcionários para a adoção de comportamentos seguros. Entre as equipes de logística e distribuição, também conduzimos programas de capacitação como o Dono da Área, que qualificou 95 supervisores para se tornarem multiplicadores de boas práticas; e o Desafio de Brigadas, que aprimorou os conhecimentos técnicos de 752 brigadistas em resposta às emergências e incentivou a troca de experiências entre esses profissionais.

Iniciativas de conscientização, como o “Segurança na palma das mãos”, contribuíram para a redução de 42% dos acidentes envolvendo os membros superiores dos trabalhadores nas usinas. Além disso, o programa TRANSMOV premiou os 10 melhores motoristas canavieiros de nossa operação, reforçando que é possível evitar acidentes quando se trabalha com cuidado, atenção e segurança.

Nas unidades produtoras, seguimos também comunicando as Cinco Regras Que Salvam Vidas , que visam despertar a atenção de todos para comportamentos em cinco principais grupos que gerariam acidentes mais graves.

Na mesma linhas, difundimos os Cinco Hábitos da Direção Segura, dedicados especificamente a motoristas que conduzem veículos da nossa frota ou trabalham no transporte de nossos produtos no campo ou na cidade. Em complemento, realizamos o acompanhamento dos veículos por telemetria, conduzimos treinamentos de funcionários e promovemos ações para manter esses trabalhadores engajados.

CINCO HÁBITOS DA DIREÇÃO SEGURA

Mantenha a distância de seguimento entre o seu veículo e o da frente para que sempre haja tempo de reação.

Pratique a velocidade compatível a que permita o controle do veículo em diferentes condições.

Use sempre o cinto de segurança.

Mantenha o celular desligado enquanto estiver dirigindo.

Não dirija sob fadiga.

A presença em campo é fundamental na formação da cultura de segurança. Nesse sentido, o exemplo dado pela liderança durante as operações de rotina e as reuniões de trabalho estimula o time a atingir a excelência no tema. Ferramentas como os diálogos de segurança, o Safety Tour, momento de segurança, entre outras, reforçam esse compromisso cotidiano.

A safra 2019/2020 foi um período desafiador, em que acidentes graves ainda foram registrados. A ocorrências foram reportadas em até 24 horas aos líderes seniores, além de terem sido acompanhadas por conselheiros e diretores em reuniões periódicas do Comitê de Responsabilidade Social Corporativa, em que foram discutidos os detalhes e definidas ações corretivas para evitar eventuais reincidências.

Diariamente comprometidos com o Zero Acidente

Número de incidentes com afastamento por milhão de horas trabalhadas (Lost Time Injury Frequency – LTIF)

2011/20122,01
2012/20130,82
2013/20140,54
2014/20150,34
2015/20160,24
2016/20170,15
2017/20180,11
2018/20190,11
2019/20200,16

Acidentes reportados por milhões de horas trabalhadas (Total Recordable Case Frequency – TRCF)

2011/201212,69
2012/201311,71
2013/20143,17
2014/20152,14
2015/20161,49
2016/20171,14
2017/20180,75
2018/20190,83
2019/20200,76

Mais informações sobre saúde e segurança ocupacional estão detalhadas no Caderno de Indicadores, disponível aqui . |GRI 403-1, 403-2, 403-4|

... éticas... |GRI 102-12, 102-16, 103-2, 103-3|

Ética na raiz de tudo.

Em um cenário com maior concorrência nos setores em que atuamos, disputamos sem abrir mão da ética e da transparência em nossas operações e nos relacionamentos estabelecidos do início ao fim da cadeia.

Contamos com robusta estrutura de compliance , com políticas e procedimentos relativos a temas críticos de integridade, Canal de Ética, Comitê de Ética, Compliance e Auditoria, ferramentas de reporte de presentes e conflitos de interesses, processos de controle que abrangem temas e mitigam riscos referentes à conduta de funcionários, parceiros de negócios e clientes. Trata-se de diretrizes e processos relacionados ao combate à corrupção, Compliance concorrencial, interlocução com a administração pública, performance social (doações, patrocínio investimentos sociais), relacionamento com associações e sindicatos, propriedade intelectual, entre outros (veja mais aqui ). As questões de ética e conduta são lideradas pela área de Compliance em conjunto com Controles Internos e auditorias (interna e externa), que avaliam a aderência das políticas e dos procedimentos aos riscos dos negócios.

Na safra 2019/2020, reeditamos o nosso Código de Conduta (confira aqui ).O objetivo foi reforçar o dever de cada funcionários de conhecer, zelar e divulgar o Código e políticas internas; ressaltar o papel fundamental da liderança de fomentar um ambiente de ética e respeito, por meio de exemplos; e destacar o dever de cada funcionário de denunciar comportamentos inadequados – tudo com uma linguagem ainda mais clara, aproximando-a da prática cotidiana. O documento orienta funcionários e parceiros a tomarem as decisões certas, garantindo a aderência aos valores e princípios que regem nossos negócios. Qualquer um que opte por não seguir as diretrizes previstas no documento estará, portanto, escolhendo não trabalhar conosco.

Treinamentos on-line foram relançados com novos conteúdos e disponibilizados pela Universidade Raízen ao longo do ano a fim de reforçar o engajamento de funcionários e parceiros no tema. Além disso, foram ampliadas as agendas de treinamento presencial para o público mapeado como “de risco”. O alinhamento de expectativas de conduta dos parceiros de negócios foi ainda reforçado por meio de comunicados, além das cláusulas contratuais, de acordo com a operação em que estão envolvidos.

No caso de dúvida quanto aos documentos instituídos, o público é orientado a buscar orientação com superiores imediatos (se funcionários) ou com algum representante dos departamentos Jurídico e de Compliance . As mais frequentes ou temas mais críticos foram compartilhadas para consulta no Espaço da Ética, disponível aqui .

Já as violações ao Código de Conduta, às políticas internas e às legislações aplicáveis podem ser denunciadas pelo Canal de Ética, acessível por telefone no Brasil (0800-772-4936) e na Argentina (0800-345-4327) ou ainda utilizando o link canalconfidencial.com.br/raizen . Em linha com as melhores práticas do mercado, os contatos são registrados por empresa independente, o que garante o anonimato do denunciante.

Compromissos públicos reforçam nosso posicionamento. Somos signatários do Pacto Empresarial pela Integridade e Contra a Corrupção do Instituto Ethos; e apoiamos – por meio da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), da qual somos associados – o Movimento Combustível Legal, iniciativa criada pela Plural (antigo Sindicom) que visa reforçar a importância de um ambiente ético e leal, em que todos paguem corretamente seus tributos e, assim, estimulem a concorrência justa.

Já em conformidade com a transparência na prestação de contas à sociedade, nossas Demonstrações Financeiras são auditadas externamente e seguem padrões internacionais de contabilidade. Voluntariamente, aderimos à Lei Sarbanes-Oxley, o que exige a adoção de mecanismos com vistas a relatórios financeiros facilmente verificáveis e com dados de origem rastreáveis.

Em 2019/2020, nossos times do Jurídico e de Tecnologia da Informação, além de um time multifuncional integrante do projeto de adequação à nova Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), atuaram de maneira integrada para estudar as necessárias adaptações à referida legislação. Sempre zelamos pela segurança das informações de nossos parceiros e clientes, e a construção de novos processos, bem como a atualização daqueles existentes, reforça ainda mais esse compromisso.

A primeira fase do projeto foi iniciada em abril de 2019, com uma mensagem de nosso Vice-Presidente Jurídico e Chief Compliance Officer , Antonio Martins, a todo o time. O principal objetivo foi informar sobre a nova lei e destacar a necessidade do engajamento de todos os colaboradores. A etapa compreendeu ainda um sequenciamento de ações: contratação de consultoria especializada, sessões de engajamento com áreas identificadas como responsáveis por tratamentos de dados pessoais, entrevistas em São Paulo (SP) e Piracicaba (SP), mapeamento de dados pessoais e identificação de 327 atividades diferentes de tratamento de dados, atribuição das devidas bases legais que justificam tais atividades, recomendação do tempo de guarda dos dados e indicação das medidas organizacionais protetivas a cada atividade de tratamento.

Já a segunda fase, que segue em curso, abrange atividades que visam à adoção das medidas necessárias para a adequação, além de ações necessárias para a implementação e gestão do nosso Programa de Privacidade e Proteção de Dados Pessoais, buscando a máxima adequação possível das operações aos termos da LGPD.

Mais informações sobre ética e integridade em nossas operações estão detalhadas no Caderno de Indicadores, disponível aqui . |GRI 205-1, 205-2, 205-3, 206-1, 307-1, 419-1|

Estrutura de governança |GRI 102-18|

Nossa estrutura de governança corporativa assegura rígidos procedimentos para estabelecimento, aprovação e comunicação dos objetivos de negócio.

Composição acionária |GRI 102-5|

Somos uma joint venture estabelecida pela Royal Dutch Shell e Cosan, cada uma com 50% de participação. Juntos, os acionistas definem a estratégia dos negócios e deliberam sobre destinação do lucro líquido e distribuição de dividendos, entre outras competências abrangidas pela Lei das Sociedades por Ações e por nosso Estatuto Social.

Conselho de Administração

  • Formado por três representantes de cada um dos acionistas.
  • Mandatos de três anos, sendo permitida a reeleição.
  • Propõe aos acionistas a estratégia global e as prioridades estratégicas, aprova investimentos significativos, elege e destitui membros da Diretoria-Executiva, entre outras atribuições descritas em nosso Formulário de Referência.

Comitês de assessoramento

O Conselho de Administração conta com apoio dos seguintes comitês para aprofundamento de questões relevantes:

  • Comitê de Finanças;
  • Comitê de Auditoria;
  • Comitê de Remuneração; e
  • Comitê de Responsabilidade Social Corporativa.

Diretoria estatutária

  • Composta por no mínimo quatro (um Diretor-Presidente, um Diretor de Operações, um Diretor Financeiro e um Diretor-Executivo) e no máximo oito membros.
  • Mandatos de três anos, com exceção do Diretor-Presidente, que tem mandato de dois anos, sendo permitida a reeleição em todos os casos.
  • Responsável pelo gerenciamento dos negócios e pela implementação das políticas e diretrizes estabelecidas pelo Conselho de Administração.

Alteração da Diretoria

Em linha com a transparência, no dia 21 de janeiro de 2020, comunicamos ao mercado em geral que o executivo Ricardo Dell Aquila Mussa assumirá a Presidência da Diretoria-Executiva a partir do dia 1º de abril de 2020, em substituição a Luis Henrique Guimarães, que fará parte do Conselho de Administração, a partir de abril de 2020, no qual poderá contribuir com sua experiência, energia e capacidade. O movimento seguiu conforme nosso planejamento sucessório, que visa identificar e preparar os líderes internos de forma estruturada e contínua, de modo a aperfeiçoar o time para o crescimento dos negócios.

Comitês-executivos

Funcionários de diferentes áreas e níveis hierárquicos (incluindo a Alta Liderança) se organizam para a discussão de temas relevantes para o aprimoramento de práticas corporativas por meio dos seguintes comitês:

  • Comitê de Ética;
  • Comitê de Compliance;
  • Comitê de Diversidade;
  • Comitê de Sustentabilidade e Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SSMA);
  • Comitê de Riscos de Mercado; e
  • Comitê de Investimentos

... eficientes...

Investimos continuamente em diagnósticos, tecnologias e programas que reduzam os impactos ambientais dos nossos processos.

Aprimoramos, a cada safra, um modelo de negócio circular, com máximo aproveitamento da matéria-prima por hectare plantado. Resultado é o nosso pioneirismo na produção de Etanol de Segunda Geração (E2G), Biogás e outros produtos de nosso portfólio (ver aqui ).

Cerca de 75% de nossa matéria-prima é composta por água, que pode ser evaporada, após a moagem, e condensada para aproveitamento na indústria. Quanto mais água recuperada, menos captação de fontes externas – esse foi o ponto de partida, na safra 2015/2016, de um robusto programa que foi repaginado em 2019/2020: o ReduZa.

Ao longo dos últimos sete anos, a iniciativa possibilitou o registro de números impressionantes de redução da captação de águas de fontes externas. Na última safra não foi diferente, chegando à marca média de 0,76 m3 de água captada por tonelada de cana-de-açúcar moída em todas as unidades produtoras – há 8 anos esse número era praticamente o dobro. Algumas unidades registraram captação abaixo de 0,40 m3 por tonelada de cana-de-açúcar. No consolidado, foram captados, em 2019/2020, 4,5 bilhões de litros a menos na comparação com a safra anterior, volume equivalente ao consumo anual de uma cidade de 113 mil habitantes, considerando a recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU) de 110 litros por dia por habitante.

Com o reaproveitamento de águas quentes no processo produtivo, foi ainda possível gerar uma quantidade adicional de energia elétrica sustentável, obtida pela queima do bagaço da cana-de-açúcar de 307mil MWh, correspondente ao consumo de uma cidade de 120 mil habitantes durante um ano, levando em conta o consumo de 2.553 kWh por habitante.

O uso responsável do solo evidencia outro de nossos cuidados com o meio ambiente. Por meio de satélites, monitoramos as regiões em que cultivamos cana, de modo a assegurar que a vegetação nativa não seja convertida. Além disso, 100% da colheita é mecanizada.

Já em relação às mudanças climáticas, um dos pilares de nosso Plano Estratégico (ver aqui ), estamos alinhados com acordos internacionais dedicados a reduzir as emissões globais de Gases do Efeito Estufa (GEE), de acordo com o 13º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (Ação contra a mudança global do clima), da ONU.

Desde o início de nossas atividades, quantificamos as emissões de GEE com base nas diretrizes do The Greenhouse Gas Protocol e de sua versão nacional, o Programa Brasileiro GHG Protocol. A maior parte dos dados são coletados automaticamente, de modo a evitar o manuseio de informações e a mitigar erros de cálculo. Os resultados são submetidos à auditoria independente, o que resulta em um relatório analítico sobre cada uma de nossas fontes emissoras. Entendemos que uma gestão robusta de nossas emissões nos permite estar preparados para riscos e oportunidades ocasionados pela transição para uma economia de baixo carbono.

Emissões de GEE por escopo (em tCO 2 eq )* |GRI 305-1, 305-2, 305-3|

* Devido à aquisição recente, o inventário de emissões ainda não contempla as operações na Argentina, bem como as anunciadas durante o ano-safra. Em 2019, apresentamos significativo aumento, sobretudo no escopo 3, devido à inclusão de novas categorias em nosso inventário.

... e atenta aos riscos

Buscamos sempre a melhoria e o crescimento dos nossos negócios. Para isso, contamos com uma robusta estrutura de controles internos e acompanhamento de resultados. Todas as áreas são desafiadas a identificar os fatores, internos ou externos, capazes de impactar nossos resultados e/ou o atingimento dos objetivos definidos em nosso planejamento estratégico.

Essa avaliação forma a matriz de riscos, revisada anualmente e alinhada ao nosso plano de negócios de cinco anos. Com essa definição, são elaborados planos de ações e destinados recursos para controle e mitigação.

PROCESSO PERIÓDICO DE REVISÃO DA MATRIZ DE RISCO

Adicionalmente, nosso Comitê de Riscos de Mercado reúne-se semanalmente para analisar o comportamento dos mercados de commodities e de câmbio e deliberar sobre as posições de cobertura e a estratégia de fixação de preços de exportações ou importações de produtos. Um grupo também analisa mensalmente riscos ligados à comercialização de etanol e derivados e avalia a adequação aos limites definidos nas políticas de risco instituídas.

Já na operação, riscos de parada em casos de contingências são evitados por meio Plano de Continuidade dos Processos de Negócios Críticos, documento revisado anualmente pelos gestores para previsão de cenários e planos de trabalhos, simulados periodicamente com resultados reportados para a Alta Liderança.

No fim da safra 2019/2020, alguns de nossos sistemas sofreram interrupção momentânea de funcionamento em virtude de um ato criminoso de hackers. As operações, no entanto, foram integralmente normalizadas poucos dias após o ataque, com impacto limitado nos resultados. As ações foram orientadas por planos de contingência, o que permitiu a continuidade de nossas atividades, mesmo que parcialmente, no próprio dia do ataque.

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