Página 34 - relatorio-sustentabilidade-2013-2014

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Desempenho
operacional
Ao término da safra 2013/2014, a Usina Caarapó tinha aproxi-
madamente 2,3 milhões de toneladas de capacidade de mo-
agem de cana-de-açúcar. Com esse investimento, é previsto
que a usina expanda a capacidade de moagem para 4,4 mi-
lhões de toneladas de cana-de-açúcar. Já na Usina Paragua-
çu, por sua vez, espera-se uma expansão na capacidade de
moagem de cana-de-açúcar de 1,1 milhão para 2,6 milhões
de toneladas como fruto dos investimentos realizados.
Com o desafio de aumentar continuamente sua produti-
vidade com menores impactos, a Raízen realiza investi-
mentos em tecnologias de ponta, como os feitos para a
fabricação do etanol de segunda geração. O combustível
será produzido a partir do processamento do bagaço, da
palha, de folhas e de outros resíduos da cana-de-açúcar.
.
A nova planta, localizada na unidade Costa Pinto – em Pira-
cicaba (SP) –, possui um investimento previsto na ordem de
R$ 230 milhões e terá capacidade para produzir 40 milhões de
litros de etanol celulósico por ano. Com isso, a Raízen assume
uma posição de vanguarda no setor sucroenergético, investin-
do em uma tecnologia que permitirá aumentar a produtividade
sem a necessidade de ampliar a área de cultivo.
GRI
EC2
Uma das principais vantagens do projeto é o fato de a
planta de etanol de segunda geração estar alocada em
uma unidade produtora de etanol de primeira geração
da Raízen, o que acarreta uma redução de custos e in-
crementa as sinergias do sistema logístico já existen-
te na região. Até o fim de 2024, a companhia tem como
meta a construção de mais sete plantas de etanol ce-
lulósico, todas operando dentro do mesmo conceito
de proximidade com as unidades de primeira geração já
existentes, de forma que otimize custos operacionais.
A expectativa é que, quando todas as oito unidades estive-
rem em atividade, a empresa atinja uma capacidade máxi-
ma de 1,5 bilhão de litros de etanol celulósico por ano.
Para viabilizar o etanol de segunda geração, a Raízen as-
sociou-se à Iogen Energy, empresa que detém a tecnologia
para o desenvolvimento do combustível. Também faz parte
desse projeto a companhia dinamarquesa Novozymes, que
produz e fornece enzimas para as transformações químicas
dos resíduos da cana.
Em inovação, a companhia forma parcerias com centros de
pesquisa para o desenvolvimento de tecnologias. Uma des-
sas alianças é com o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC),
que estuda a utilização da biotecnologia para criar variedades
de cana-de-açúcar mais resistentes a doenças e com menor
demanda por água, maior teor de açúcar e maior crescimento
vertical, o que leva ao aumento da produtividade na mesma
área plantada. No curto prazo, a Raízen investe em formas
diferenciadas de manejo para aprimorar a produção, estudan-
do diferentes variedades já disponíveis no mercado e novas
formas de plantio, que, associadas com o controle biológico
de pragas, podem reduzir o uso de defensivos agrícolas em
até 35%. A empresa também adota medidas para minimizar
os potenciais impactos decorrentes das mudanças climáti-
cas, como a perda de áreas de plantio em função de estia-
gem ou aumento das temperaturas (veranicos) não previstos.
Para isso, investe em consultorias para o desenvolvimento de
modelos de acompanhamento climatológico, cuja análise de
dados auxilia na antecipação da tomada de decisão e na miti-
gação dos riscos. Esse monitoramento contribui ainda para a
identificação dos efeitos do clima na cultura da cana, facilitan-
do a adoção de práticas como maturação química ou inibição
do florescimento, que auxiliam na manutenção da produtivida-
de dos canaviais
GRI
4.14, 4.16, 4.17, EC2 e EN26
Produtividade no canavial na safra 2013/2014
toneladas de
cana-de-açúcar colhidas
por hectare plantado
83,9
de mecanização da
colheita própria
94,8%
quilos de Açúcar Total
Recuperável (ATR) por tonelada
de cana-de açúcar
130,9