Realizamos agora, olhando para o futuro

Estratégia e excelência operacional

O que fazemos hoje está conectado com nossos objetivos no longo prazo. Em setores que passam por grandes transformações, estamos atentos às oportunidades e prezamos pela sustentabilidade dos negócios. Assim, o resultado da nossa estratégia está refletido no desempenho que alcançamos em 2017/2018.

Sustentabilidade na estratégia |GRI 103-2|

Pensando lá na frente.

Os desafios e as transformações que movimentam a sociedade são, para nós, os catalizadores das inovações que pretendemos impulsionar em nosso setor. Nesse contexto, a sustentabilidade assume protagonismo em todas as operações.

Aprimoramos, a cada safra, um modelo de negócio circular, com máximo aproveitamento da matéria-prima por hectare plantado. Resultado é o nosso pioneirismo na produção de Etanol de Segunda Geração (E2G), que consiste no biocombustível feito a partir do uso do bagaço e da palha da cana-de-açúcar. O E2G pode elevar em até 50% a produção de etanol com a mesma área plantada, o que é um marco na busca pelo uso eficiente da terra. Além disso, favorece as futuras gerações, já que a emissão do ciclo de vida do E2G é 35% e 93% menor do que o etanol padrão e gasolina, respectivamente. Já atingimos a marca de produzir 211 litros de etanol com uma tonelada de biomassa – no último ano-safra foram 12 milhões de litros de E2G produzidos.

Investimos em outras frentes de energia, mas o biocombustível é uma das mais significativas porque acreditamos em seu enorme impacto para a sociedade. A evolução da demanda energética global e das práticas agrícolas faz do etanol um produto com espaço reservado na agenda do futuro, especialmente se considerado o avanço tecnológico no uso desse biocombustível.

Paridade do etanol com a gasolina

Recentemente, o estudo Análise Estatística de Desempenho e Performance de Combustíveis, desenvolvido pelo Instituto Mauá de Tecnologia, com o apoio da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), revelou que o desempenho médio do etanol em relação à gasolina3 nos veículos testados, variou, em consumo, de 70,7% a 75,4%. Os resultados mostram que a viabilidade econômica do etanol pode ir além da relação mais habitual de 70%, apurada no Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), já que existem outras características do funcionamento dos motores que devem ser consideradas.

3 O estudo comparou etanol comum e gasolina comercializada no Brasil, que contém 27% de etanol anidro.

Em outra frente de atuação, a mesma biomassa viabiliza a geração de energia elétrica limpa – operação que permite a autossuficiência no consumo das nossas 26 unidades produtoras, das quais 13 já comercializam a bioeletricidade excedente.

Com papel fundamental para estimular nossa atuação nesse segmento, o biogás assume outra ponta na cadeia produtiva sustentável. O projeto de produção para a geração de energia está em desenvolvimento na unidade Bonfim, no município de Guariba, região de Araraquara (SP).

O açúcar – mais um produto oriundo da nossa matéria-prima –, se consumido com equilíbrio e moderação, é fonte de energia e carboidrato necessários à dieta humana. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo de até 5% de calorias diárias provenientes do açúcar, o que equivale a 25 gramas em uma dieta de 2 mil kcal/dia. O setor sucroenergético é bastante engajado em toda essa questão e, por meio da Unica, apoiamos a Campanha Doce Equilíbrio, que busca conscientizar a opinião pública sobre a importância do açúcar, em parceria com especialistas em saúde. Clique aqui para saber mais.

Aprimorar o portfólio passa ainda por promover a melhor jornada aos nossos consumidores. Nesse sentido, investimos para que nossos consumidores sintam que podem contar com a Shell como ponto de apoio – seja pela excelência e qualidade de seus produtos e serviços, seja pelo atendimento mais humano em todos os postos.

Com vistas à perenidade dos negócios, elaboramos um estudo a fim de identificar riscos e oportunidades decorrentes das alterações climáticas para nossos negócios e instalações, englobando aspectos reputacionais, operacionais, regulatórios e de mercado. Na pesquisa, utilizamos modelos climáticos de longo prazo do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) e contamos com grande envolvimento da liderança estratégica.

Os resultados que obtivemos reforçam que estamos no caminho certo, e que nossos negócios podem aproveitar muitas oportunidades, especialmente em relação a aspectos regulatórios e de mercado. O estudo será utilizado internamente no planejamento estratégico de longo prazo da liderança.

Estamos atentos para nos manter à frente das mudanças de mercado e garantir a oferta das melhores soluções, capazes de conquistar a fidelidade de clientes e parceiros, gerar alto retorno aos acionistas e manter, nos funcionários, o orgulho de pertencer ao nosso time.

Nesse sentido, vislumbramos para os próximos anos:

  • Busca por novos mercados e geografias.
  • Negócio estratégico em todo o nosso portfólio.
  • Companhia integrada de energia.
  • Abordagem em produtos e soluções.
  • Parceiros estratégico para clientes B2B.
  • Experiência do consumidor.

Para mais informações, clique aqui. |GRI 201-2|

Biocombustíveis no cenário global |GRI 103-2|

Um setor em transformação.

Diante do cenário global após o acordo de Paris, diversos países buscam implementar iniciativas com foco em uma economia de baixo carbono, ou seja, com menores emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE). O uso de biocombustíveis em escala global tem sido predominante nesse contexto.

Em dezembro de 2017, o programa de incentivo à produção nacional de biocombustíveis, o RenovaBio, recebeu sanção presidencial, a partir da qual foi aberto prazo de seis meses para definições relacionadas a: metas de descarbonização decenais e anuais; metas individuais para distribuidoras; notas de eficiência energética das usinas; e estudo do novo mercado de créditos de descarbonização (CBios), a serem negociados em bolsa de valores.

A partir da iniciativa, instaura-se no Brasil um inovador mecanismo de valoração de emissões de GEE, com que os produtores de biocombustíveis são estimulados a ter práticas com menor intensidade de emissões. Com o programa, o Governo Federal espera dobrar a oferta de etanol para 50 bilhões de litros, resultado de cerca de US$ 40 bilhões em investimentos privados, que devem beneficiar 1,6 mil municípios e gerar cerca de 750 mil empregos.

Apoiamos o RenovaBio e trabalhamos com produtores e distribuidores para a confecção de um programa robusto e perene, que resultará em saldo mais positivo para a economia brasileira de baixo carbono e para o combate às mudanças climáticas em âmbito global. Além disso, o programa indica que o Brasil está alinhado às principais economias do mundo, como Japão, União Europeia e Estados Unidos, na medida em que reconhece os benefícios dos biocombustíveis convencionais e de segunda geração.

Sintonizados à relevância global do tema, quantificamos, desde a nossa criação, as emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE) decorrentes de nossas atividades. Para isso, seguimos as diretrizes do The Greenhouse Gas Protocol – principal referência internacional para a quantificação das emissões corporativas – e de sua versão nacional, o Programa Brasileiro GHG Protocol.

Emissões de GEE por escopo em tCO2 eq |GRI 305-1, 305-2, 305-3|

emissoes-gee-01

Escopo 1: Emissões diretas decorrentes das atividades controladas pela empresa.
Escopo 2: Emissões indiretas decorrentes da energia elétrica adquirida da rede.
Escopo 3: Outras emissões indiretas, principalmente da cadeia de fornecedores.

Por ser uma importante ferramenta de gestão, investimos na qualidade dessa informação e por isso, além de auditar voluntariamente os resultados, obtemos mais de 80% das emissões diretas de forma automatizada.

Para mais informações sobre energia renovável e eficiência energética, clique aqui. |GRI 302-1, 302-2, 302-3, 305-1, 305-2, 305-3, 305-4|

Destaques da operação

Operações alinhadas à estratégia.

Novas operações |GRI 102-10, 103-2|

Em 2017/2018, concluímos o processo de aquisição das unidades produtoras Santa Cândida e Paraíso, localizadas, respectivamente, em Bocaina e Brotas, no Estado de São Paulo. Assim, passamos a operar com capacidade instalada total de moagem de 73 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra.

O que demonstra que não houve redução na capacidade de moagem, mesmo com as hibernações provisórias, anunciadas em novembro, das unidades Tamoio, em Araraquara (SP), e Dois Córregos, em Dois Córregos (SP).

A decisão reflete a menor disponibilidade da matéria-prima nesses municípios e visa à maior eficiência logística e de produção. Dessa forma, a cana, antes destinada às unidades agora hibernadas, passa a ser redirecionada às demais.

Bioenergia |GRI 103-2|

Somos uma das maiores produtoras de energia elétrica a partir de biomassa no Brasil, com capacidade de abastecer uma cidade de até 10 milhões de habitantes.

Mantemos os investimentos para ampliar nosso potencial. Estamos desenvolvendo a nossa planta de biogás em Araraquara (SP), e promovendo a expansão da cogeração na unidade Caarapó, no Mato Grosso do Sul, que elevará a nossa capacidade instalada atual de 940 MW para 1.000 MW.

Como reflexo da importância do trabalho desenvolvido, fomos convidados a participar da edição 2017 do Progress Makers, campanha mundial do Citibank que mostra o impacto positivo de empresas na sociedade.

MAIS FORÇA NO MERCADO DE ENERGIA 1

Anunciamos uma joint venture com a comercializadora de energia WX Energy. A nova empresa deverá atuar, de forma competitiva, em negociações no mercado livre. Dessa forma, contribuiremos para o desenvolvimento de um mercado que já representa 28% da energia elétrica comercializada no País e deve dobrar de tamanho nos próximos anos. Além disso, ficaremos ainda mais próximos dos nossos clientes uma vez que ampliaremos a nossa oferta de soluções energéticas integradas. Clique aqui para saber mais.

1 Fato subsequente ao período coberto pelo relatório.

Investimentos em terminais

Concluímos e inauguramos, no ano-safra, um terminal de distribuição de combustíveis em Marabá (PA), com capacidade de movimentar até 500 milhões de litros por ano.

A operação, que conta com o apoio da Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (Codec), disponibiliza os produtos diferenciados da marca Shell e assegurar infraestrutura para o desenvolvimento da região. Durante o processo de instalação e operação, foram aplicados cerca de R$ 100 milhões.

O investimento nos confere autonomia no suprimento de combustíveis para o Sudeste do Pará, que abrange importantes polos industriais, agrícolas e comerciais, além de importantes rodovias (Belém-Brasília, Transamazônica e Marabá-Belém), ferrovias e um aeroporto – que já conta com operações da Raízen com a marca Shell para abastecimento de aeronaves.

Ainda no Pará, iremos ampliar a estrutura de armazenamento de combustíveis do Porto de Santarém. Em Miritituba, um novo terminal de combustível está em construção e será composto por um terminal fluvial de uso privado. O objetivo é capturar o potencial hidroviário da região, bem como acompanhar o expressivo aumento de demanda induzido pelo crescimento da logística de grãos.

Também iniciamos, no distrito industrial de São Luís (MA), as obras de construção de uma base de distribuição de combustíveis no Porto de Itaqui, cuja operação está prevista para iniciar em 2020. Cerca de R$ 200 milhões estão sendo investidos nessa operação.

Projeto One

Atentamos para cada detalhe de nossas operações logísticas para otimizar ativos próprios (terminais de combustível) e de nossas parceiras transportadoras (caminhões). Extrair o máximo dos ativos representa mais eficiência operacional e menos custos.

Nesse sentido, desenvolvemos o Projeto One, por meio do qual olhamos detalhadamente para nossa malha rodoviária e auxiliamos nossos parceiros a programarem cada operação com mais exatidão. Com isso, reduzimos riscos de ineficiência na medida em que dimensionamos desde o número de caminhões usados até o horário exato de carregamento. A meta é ter 100% da frota de combustíveis coberta pelo projeto até o fim da safra 2018/2019.

Rotas casadas

Um caminhão vazio é um ativo subutilizado. Para evitar isso, aproveitamos o retorno dos caminhões também para realizar transporte de carga. Para isso, contamos com uma ferramenta que identifica as oportunidades para essa logística casada, o que proporciona economia na contratação de frete na medida em que garante mais rentabilidade dos ativos de nossos parceiros.

Em 2017/2018, o volume transportado nessa modalidade foi de aproximadamente 570 mil m3, incremento de 28% em relação à safra anterior. Esse efeito representa cerca de 140 caminhões a menos nas estradas do país, o que traz benefícios ambientais e reduz o risco de acidentes.

Rompendo fronteiras 1

No início da safra 2018/2019, demos o nosso primeiro passo fora do território brasileiro e anunciamos a aquisição de ativos da Shell na Argentina. Com essa operação, assumiremos uma rede com 645 postos, uma refinaria, uma planta de lubrificantes, três terminais terrestres e duas bases de abastecimento em aeroportos, além de ativos de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) – o que nos proporcionará um volume de vendas anual de aproximadamente 6 milhões de litros.

1 Fato subsequente ao período coberto pelo relatório.

Nova Shell V-Power

Em outubro de 2017, apresentamos a nova geração da gasolina aditivada Shell V-Power no mercado nacional, primeiro lançamento global da marca, que chegou simultaneamente a 26 países. O produto já é comercializado nos mais de 6 mil postos da rede da Shell no Brasil.

Com foco na performance e no alto rendimento, a nova Shell V-Power é recomendada a todos os tipos de carro, incluindo modelos com propulsores especialmente submetidos a sobrecargas, como os motores com turbo e injeção direta, e veículos mais pesados do que os carros de passeio convencionais.

O produto conta com a nova tecnologia Dynaflex – exclusividade da Shell –, que reduz o atrito entre peças como válvulas, anéis de pistões, bomba e bicos injetores de combustível, resultando ainda em mais limpeza e proteção para o motor.

Mais de 170 técnicos e cientistas foram envolvidos em todo o mundo. Foram dezenas de milhares de horas de pesquisa e desenvolvimento ao longo de mais de cinco anos para obter esse nível de evolução tecnológica em combustível. A Shell contou com a colaboração dos técnicos e pilotos da equipe Ferrari de Fórmula 1 no desenvolvimento do produto.

O lançamento evidencia nossa sintonia com as demandas dos consumidores, que passam a se beneficiar de uma melhor experiência ao dirigir e, no longo prazo, de mais rendimento do motor.