Energia e Emissões

8.

8. Energia e
Emissões

A questão energética e das emissões de gases de efeito estufa (GEEs) nunca esteve tão em voga como no último ano-safra. A realização da 21ª Conferência do Clima (COP 21) colocou um holofote sobre o tema, e a Raízen desempenha um importante papel para o atingimento dos compromissos assumidos.

Presença na COP 21

Em dezembro de 2015, líderes de diversos países do mundo se reuniram em Paris, na França, durante a COP 21 com o objetivo de alcançar um novo acordo global que mantenha o aquecimento global abaixo de 2 ºC. Para contribuir nessa questão, as nações levaram suas propostas e chegaram a um consenso, publicado no Acordo de Paris ao final do encontro.

A Raízen esteve presente na conferência organizando dois jantares, para cerca de 60 convidados, a fim de apresentar o estudo desenvolvido especificamente para a COP 21. Nesse documento, a companhia mostrou seu potencial de mitigação das emissões globais de GEEs em dois cenários desenvolvidos pela UNICA:

  • estagnação: as práticas atuais se manteriam com o incentivo a combustíveis fósseis e sem uma política clara sobre o papel da energia renovável na matriz energética brasileira;
  • expansão: haveria políticas públicas de incentivo a energias renováveis, com valorização do setor sucroenergético na agenda do governo.
Queríamos garantir que o etanol e a bioeletricidade estivessem na agenda de compromissos do Brasil, além de elevar o reconhecimento internacional da Raízen e ampliar as chances de novos negócios. Estamos atentos aos desdobramentos dessa ação, especialmente porque sabemos da importância que os biocombustíveis têm nos esforços para a mitigação de emissões de gases de efeito estufa. Hoje, a Raízen é líder na produção de bioenergia. Sabemos que temos um papel importante a cumprir nesse desafio. Claudio Oliveira, diretor de Relações Externas da Raízen

De acordo com a UNICA, no cenário de expansão o setor pode contribuir com a mitigação de 1.239 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente (CO2eq) até 2030. Essa redução equivale a quase três anos de emissões de GEEs de todo o setor energético brasileiro e seria alcançada com a substituição de gasolina por etanol e de eletricidade de origem fóssil por bioenergia.

Fica evidente que a Raízen e o setor sucroenergético, por utilizarem cana-de-açúcar em seu processo produtivo, têm um balanço de CO2 (dióxido de carbono) favorável se comparado às fontes de energia de origem fóssil, desempenhando um importante papel na mitigação das emissões globais de GEEs, com ferramentas adequadas para alcançar os objetivos definidos em Paris. Entenda o ciclo das emissões de CO2 nas atividades industriais da Raízen no infográfico abaixo.

Protocolo Climático

Em 8 de dezembro de 2015, na embaixada brasileira em Paris, a Raízen assinou o Protocolo Climático do Governo do Estado de São Paulo. O acordo, cujos signatários são empresas sediadas no Estado, incentiva a adoção de ações mitigadoras das emissões de GEEs. O vice-presidente de Relações Externas e Estratégia da Raízen, Pedro Mizutani, apresentou na ocasião o case do etanol de segunda geração – formulado a partir dos subprodutos da cana-de-açúcar. “Esse evento foi outra oportunidade da empresa para fortalecer sua imagem ao apresentar novas formas de contribuir para esse esforço mundial”, disse. No encontro, 60 empresas e associações assinaram o documento, e a coordenação da ação será realizada pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).[G4-15]

Matriz energética limpa

A grande demanda energética da Raízen está concentrada nas atividades agroindustriais de EAB. Nesse negócio, a energia que abastece as operações é 97% proveniente de fontes renováveis – principalmente por meio da queima do bagaço de cana, subproduto de seu processo produtivo. Todas as unidades produtoras de etanol, açúcar e bioenergia são autossuficientes em geração de energia e utilizam recursos fósseis somente quando necessário por causa da natureza de certos processos. Além disso, 13 das 24 unidades produtoras realizam cogeração de energia, gerando um excedente que é comercializado na rede elétrica nacional e contribui para que a matriz energética do País seja mais limpa. Na safra 2015/2016, a Raízen exportou 2,4 milhões de megawatts-hora (MWh) excedentes, 11% mais que na safra anterior. Esse trabalho é um grande diferencial da empresa, pois mantém o abastecimento dos negócios mesmo em cenários climáticos adversos, como a crise hídrica que ocorreu em São Paulo (SP) no ano-safra anterior.

Na safra 2015/2016, todo esse trabalho foi reconhecido. As unidades Costa Pinto (SP) e Rafard (SP), ambas no Estado de São Paulo, receberam o Selo Energia Verde, certificação de eficiência e sustentabilidade criado pela UNICA. Os locais comprovaram a produtividade do seu processo bioenergético – a capacidade de geração de energia da Raízen saiu de 30,3 quilowatt-hora (kWh) para 51,5 kWh por tonelada de cana-de-açúcar moída.

Na logística, a participação da energia renovável é menos representativa, sendo essa uma atividade com uso ainda predominante de combustíveis fósseis. Neste caso, a Raízen continua investindo na diversificação de modais com foco em eficiência e redução das emissões de GEEs (veja mais no capítulo "Inovação").

Inventário de emissões

A Raízen quantifica anualmente as emissões de GEEs de suas atividades, seguindo as diretrizes do The Greenhouse Gas Protocol – principal referência internacional para a quantificação das emissões corporativas – e de sua versão nacional, o Programa Brasileiro GHG Protocol. Os resultados apresentados a seguir se referem a todas as linhas de negócio da companhia. Pelo quinto ano consecutivo, a Raízen publica seu inventário e se compromete em aperfeiçoá-lo continuamente, tanto na qualidade dos dados primários quanto por meio da evolução das ferramentas de cálculo utilizadas. Nos últimos três anos, as emissões de escopo 1 se mantiveram alinhadas, enquanto as emissões de escopo 2 oscilaram principalmente em razão dos fatores de emissão.

As emissões de GEEs da Raízen incluem grande participação das atividades agrícolas para o cultivo de cana-de-açúcar, o que resulta em emissões significativas de N2O (óxido nitroso). Esse gás, emitido durante a fertilização do solo, possui alto potencial de aquecimento global, 298 vezes maior se comparado ao CO2.

Capítulos
  • 1Saúde e Segurança
  • 2Gestão de Pessoas
  • 3Ética e Integridade
  • 4Responsabilidade por Fornecedores e Parceiros Comerciais
  • 5Responsabilidade pelo Produto
  • 6Desenvolvimento Socioeconômico do Entorno e Relações com a Comunidade
  • 7Impactos Ambientais e Biodiversidade
  • 8Energia e Emissões
  • 9Inovação
  • 10Desempenho Econômico