Impactos Ambientais e Biodiversidade

7.

7. Impactos
Ambientais e
Biodiversidade

Produção sustentável

A Raízen é pioneira no setor sucroenergético quando o assunto é produção sustentável. Em cinco anos de história, a companhia vem aprimorando sua gestão e sua atuação com iniciativas que aliam eficiência e menor impacto ambiental.

A água é um recurso natural indispensável em todas as operações da Raízen. Desde sua criação, a empresa investiu R$ 50 milhões em ações para monitoramento, reúso e redução do consumo de água. Porém, no ano-safra anterior, o Estado de São Paulo, que concentra a maior parte das unidades produtoras de etanol, açúcar e bioenergia da Raízen, passou por uma severa crise hídrica, o que exigiu medidas extras da companhia.

Na safra 2015/2016, a Raízen criou o programa ReduSa, que tem como objetivo diminuir a captação de água em seus processos industriais. Além de trabalhar com a conscientização dos funcionários a respeito do consumo sustentável da água, o programa possui uma metodologia específica para EAB que apresenta o consumo de água mais representativo da Raízen. Com o ReduSa, a empresa diminuiu o índice de captação de água para fins industriais de 0,94¹ para 0,88¹ metros cúbicos por tonelada de cana-de-açúcar moída – um diferencial para o setor, o que representa uma economia de cerca de 3,5 milhões de m³ aplicando-se o índice da safra anterior para o total de cana moída na safra 2015/2016. Além disso, com o reúso de águas quentes utilizadas no processo de produção e, consequentemente, a diminuição do uso de água fria nas caldeiras de alta pressão, a companhia reduziu a captação do recurso em 1,6 milhão de m³. A economia prevista é equivalente ao consumo anual de uma cidade de 85 mil habitantes. E o melhor, o programa não depende de grandes investimentos, pois está embasado em ajustes nos processos industriais e na capacitação profissional. O retorno financeiro previsto é de R$ 9,5 milhões ao ano. [EN10]

¹Os valores se referem ao consumo de água e de cana moída até 31 de dezembro de 2015.

Nas unidades produtoras de etanol, açúcar e bioenergia, o ReduSa está estruturado da seguinte forma:

  • Controle: criação de índices, parâmetros e metas para o gerenciamento do uso e da captação da água em todas as unidades produtoras da Raízen, além do controle dos efluentes que são gerados durante o processo produtivo. Isso é realizado por meio de gestão hídrica, utilização de boas práticas e reutilização de águas quentes do processo. Os dados são apresentados em um painel de controle em que é possível observar pontos positivos e oportunidades de melhorias. A área corporativa de Qualidade Integrada criou ainda uma newsletter para compartilhar as boas práticas e os resultados do ReduSa entre as unidades. Um grupo de especialistas da Raízen também realizou reuniões para a apresentação do programa nas unidades produtoras da companhia, orientando as equipes locais quanto às diretrizes que estruturam o projeto.
  • Atuação: estabelecer planos de ação assertivos e identificar a necessidade de investimentos em pontos específicos. O tema está presente nas reuniões mensais de produção e, como os dados são padronizados, é possível comparar o desempenho entre as unidades.
Para a safra 2016/2017, a área de EAB tem a expectativa de reduzir em até 10% (5 milhões de m³) a captação de água utilizada nos processos industriais e em até 20% (3,5 milhões de m³) a geração de efluentes em suas unidades.

Gerenciando riscos

A Raízen gerencia aspectos e impactos ambientais por meio de um processo estruturado de Avaliação de Riscos, utilizando uma Matriz de Risco para mapear as diversas atividades realizadas dentro de suas instalações. Por meio dela é possível realizar uma análise criteriosa, possibilitando identificar as medidas de prevenção e mitigação cabíveis para cada caso. A companhia constantemente revisita todas as suas instalações para prever possíveis riscos de impactos na natureza, levando em conta também os impactos sociais causados nas comunidades do entorno (veja mais no capítulo "Desenvolvimento socioeconômico do entorno e relações com a comunidade").

A Raízen mantém seu compromisso com a conscientização de fornecedores de cana realizando visitas periódicas em todas as regionais para orientá-los sobre a importância de se adequarem ao novo Código Florestal, incluindo o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Programa de Regularização Ambiental (PRA). A companhia está trabalhando em um banco de dados para ter informações padronizadas sobre esses produtores, o que permitirá a verificação do cumprimento da legislação pertinente dentro dos prazos estabelecidos pelo governo federal.

Além disso, a Raízen é aderente ao Protocolo Agroambiental, acordo firmado entre o governo do Estado de São Paulo e a União da Indústria da Cana-de-Açúcar de São Paulo (UNICA) para a eliminação da prática da queima na colheita de cana-de-açúcar, antecipando o prazo exigido por lei, como também ações para a diminuição do consumo de água, iniciativas para o controle de emissões atmosféricas etc. Atualmente, a companhia possui 98% de cana própria colhida por mecanização.[G4-15; EN12]

Biodiversidade

Por causa de exigências da União Europeia e em conformidade com orientações da Bonsucro, a Raízen iniciou na safra 2016/2017 um estudo de biodiversidade, em aspectos da fauna e da flora, nas áreas em que estão instaladas suas unidades de Etanol, Açúcar e Bioenergia (EAB).

Cuidado com o solo

A Raízen atua na revenda provendo suporte técnico e ambiental para monitoramento e remediação dos postos de combustível de sua rede. Além disso, no processo de embandeiramento de novos postos revendedores, uma série de critérios são analisados antes de o negócio ser fechado, tais como: equipamentos disponíveis, a qualidade da operação e o histórico de eventuais derrames. A companhia ainda oferece diversas ferramentas para orientar os revendedores quanto à melhor forma de operar para evitar danos ao meio ambiente. Na safra 2015/2016, nenhum incidente de contaminação do solo ou vazamento de combustível foi registrado nos pontos de abastecimento dos aeroportos.[EN24]

Em LD&T, houve 10 ocorrências de vazamento, das quais 2 foram em área contida, com volume totalmente recuperado, e 8 em área não contida, sendo 4 vazamentos de etanol e 4 de diesel, com volume total de 68.800 litros. Como os vazamentos de combustível podem ocasionar contaminação do solo, são monitorados quaisquer derrames. Para os derrames em área contida não houve impactos, visto que os produtos foram totalmente recuperados.[EN24]

As instalações próprias e as transportadoras realizam o reporte de eventos, e estes são analisados e investigados pelas equipes locais e de Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SSMA) para descobrir a causa básica e quais ações devem ser tomadas para mitigar eventuais impactos e prevenir novas ocorrências.[EN24]

Ouça mais sobre controle e monitoramento de vazamento no áudio abaixo:

Davi Araujo ─ gerente de SSMA em Operações

Qualidade do ar

A Raízen possui cinco Unidades de Recuperação de Vapores (VRU, na sigla em inglês) em seus terminais localizados em São Paulo (SP), Barueri (SP), Paulínia (SP), São José dos Campos (SP) e Esteio (RS). O equipamento coleta os vapores liberados durante o carregamento dos caminhões-tanque por um sistema de captação e os envia para adsorção dos vapores nos filtros de carvão ativado da VRU. Após o processo de regeneração, os vapores são absorvidos em fluxo de gasolina e enviados novamente aos tanques de combustível da unidade. A instalação desse dispositivo é uma exigência dos órgãos ambientais para a implantação de bases de distribuição em centros urbanos saturados com ozônio troposférico.

Capítulos
  • 1Saúde e Segurança
  • 2Gestão de Pessoas
  • 3Ética e Integridade
  • 4Responsabilidade por Fornecedores e Parceiros Comerciais
  • 5Responsabilidade pelo Produto
  • 6Desenvolvimento Socioeconômico do Entorno e Relações com a Comunidade
  • 7Impactos Ambientais e Biodiversidade
  • 8Energia e Emissões
  • 9Inovação
  • 10Desempenho Econômico