raizen_sustentabilidade_2011_2012 - page 20-21

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A cana-de-açúcar
é a alternativa
mais eficiente
para a produção
de etanol
A marca registrada
do desenvolvimento
sustentável do Brasil
Por ser feito a partir de plantas cultivadas, o etanol
é considerado a melhor alternativa para substituir a
gasolina nos motores leves e a nafta como insumo
da indústria química. Isso porque, ao crescer, a plan-
ta captura CO
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, um dos principais gases de efeito
estufa, responsáveis pelo aquecimento global.
São diversas as matérias-primas possíveis para a
fabricação do etanol, entre elas milho, beterraba,
trigo e mandioca. Nenhuma delas, porém, pode ser
comparada à cana-de-açúcar. A tecnologia brasilei-
ra, desenvolvida desde os anos 1970, faz com que
o balanço energético (unidade de energia obtida x
unidade de energia necessária para a produção) do
combustível feito no país seja cinco vezes maior que
o associado ao etanol de milho, de acordo com o
Worldwatch Institute
, uma das maiores organizações
de pesquisas ambientais do mundo, sediada em
Washington, EUA.
Além disso, o etanol brasileiro produzido a partir
da cana-de-açúcar é o único que atende às exi-
gências do
Renewable Fuel Standard
(RFS2) para
combustíveis avançados. O Programa RFS2 é um
mandado federal da Agência de Proteção Ambien-
tal dos EUA (
Environmental Protection Agency
, ou
EPA). Para ser considerado avançado pela EPA
o combustível deve ter capacidade de reduzir as
emissões de gases causadores de efeito estufa
(GEEs) em pelo menos 50% em comparação à
gasolina. Segundo avaliação da mesma Agência,
o etanol de cana foi considerado um combustível
avançado e propicia uma redução de até 61% na
emissão de gases de efeito estufa, se comparado
aos combustíveis fósseis.
A produtividade no Brasil também é superior à dos
concorrentes: segundo a Unica, os produtores brasi-
leiros alcançam cerca de 6.800 litros por hectare, en-
quanto na Europa, a partir da beterraba, esse valor
não ultrapassa 5.500 litros por hectare; e nos EUA,
a cultura do milho oferece aproximadamente 3.100
litros por hectare.
Distribuição de
combustíveis acompanha
crescimento do Brasil
R$
130
bilhões
é o investimento
necessário, segundo
a Unica, para retomar
50
%
de
participação
de etanol na matriz
de combustíveis no Brasil
Na última década, o Brasil viveu um ciclo
de crescimento econômico que o transfor-
mou em uma das seis maiores economias
do mundo. O mercado de distribuição de
combustíveis participa desse
boom
do
país, aumentando o volume de vendas e
sua presença em regiões relativamente
pouco assistidas.
De acordo com dados da Agência Nacio-
nal do Petróleo, Gás Natural e Biocom-
bustíveis (ANP), as vendas nacionais pe-
las distribuidoras, considerando apenas
derivados de petróleo, passaram de 81,3
bilhões de litros, em 2003, para 111,3 bi-
lhões de litros, em 2011, o que representa
um aumento de 37%.
O consumo de etanol no mercado nacio-
nal de veículos atingiu um volume de 19,1
bilhões de litros em 2011, uma redução de
13,8% em relação ao ano anterior. Isso se
explica pela baixa competitividade de pre-
ço em relação à gasolina, na maioria dos
Estados brasileiros, durante o período.
Como 50% dos veículos leves no país são
flex-fuel
, isto é, podem ser abastecidos
com qualquer mistura de etanol e gasoli-
na, o consumidor migrou temporariamente
para o combustível fóssil. O etanol, que já
representou 50% do mercado de combus-
tíveis de veículos leves no país, em 2008,
fechou o ano com participação de 31,68%.
Para a Unica,
o setor sucroalcooleiro pre-
cisa de investimentos de R$ 130 bilhões
para retomar a participação de 50% do
etanol na matriz de combustíveis do Brasil.
Esses recursos seriam utilizados na cons-
trução de 100 novas usinas, para produ-
ção exclusiva do combustível.
Distribuição de
combustíveis chega
a todas as regiões
do Brasil
perfil da empresa e do setor
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