Governança

Governança Corporativa: Significado e Práticas

Você sabia que a governança não é apenas corporativa? Confira nesta matéria quais são as subcategorias e como colocá-las em prática no seu negócio!

Por: Times de Finanças, Jurídico e Sustentabilidade da Raízen Data: 30/09/2021 Tempo de leitura: 18 Minutos

A governança é um tema que está em pauta não só no mercado, mas dentro da maioria das empresas atualmente.

Vamos entender:

  • As etapas e conceitos acerca da governança corporativa
  • As ambições de empresários, funcionários e acionistas envolvidos pelo tema
  • Os princípios e objetivos desse sistema estratégico corporativo

Tem vontade de implementar a governança corporativa na sua empresa? Aproveite esta leitura!


O que é governança?

O termo “governança” deriva do ato de governar por meio de uma gestão robusta; exercer autoridade; ter o poder perante algo.

Basicamente, o sentido de governança é o de administrar, dirigir, monitorar, orientar, organizar e elaborar estratégias para tomar decisões assertivas.

Essas decisões são pautadas na ética, transparência, segurança, crescimento e geração de resultados.

Ou seja, elas se caracterizam por um conjunto de boas práticas que visam aumentar a confiança de stakeholders, como:

  • Investidores
  • Acionistas
  • Fornecedores
  • Colaboradores e colaboradoras
  • Clientes
  • Sociedade
  • Governo


E os demais stakeholders diante da gestão administrativa de uma empresa. 


 

Contextualizando o termo de Governança Corporativa

Sabia que foi a partir dos anos 1990 que a expressão “governança corporativa” passou a ser utilizada no Brasil?
 
Na época, grandes investidores se mobilizaram contra algumas empresas com modelos de administração controversos, porque elas prejudicavam seus interesses e de outros acionistas.
 
Então, para contornar essa situação e visando garantir os direitos dos investidores e acionistas minoritários, o termo que antes era encarado como algo somente destinado à atuação governamental, ganhou espaço no mercado privado!
 
Ah, e você já ouviu falar no IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa)? O IBGC é um dos mais renomados e conhecidos institutos de Governança Corporativa no país.
 
Ele fornece diretrizes e parâmetros para que as empresas e demais organizações sejam dirigidas, monitoradas e incentivadas. O IBGC considera, principalmente, o relacionamento entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas (stakeholders).

 




Para que serve a Governança Corporativa?

A Governança Corporativa é indispensável, pois serve para aprimorar e otimizar os processos administrativos da empresa, considerando todas as tomadas de decisões de forma estratégica.

Nesse sentido, a governança dentro de uma empresa ajuda a:

  • Direcionar, monitorar e avaliar as etapas da gestão empresarial;
  • Viabilizar o estabelecimento de responsabilidades nas estruturas organizacionais;
  • Otimizar a tomada de decisões de forma estratégica;
  • Analisar riscos de mercado;
  • Aumentar a rentabilidade de uma empresa;
  • Tornar processos internos mais eficazes;
  • Padronizar periodicamente fluxos na equipe;
  • Garantir a transparência nos processos administrativos;
  • Gerar confiança em todos as partes interessadas no negócio (stakeholders).


A importância da governança corporativa

Além dos benefícios internos apresentados anteriormente, a governança corporativa também é uma prática muito reconhecida no mercado. Por isso, quando aplicadas, as práticas de governança corporativa ajudam a atrair investidores e evitar conflitos e possíveis escândalos nas mídias.



Pilares da governança corporativa

A governança corporativa se baseia em quatro princípios que, quando aplicados, facilitam as tomadas de decisões e fortalecem uma imagem mais positiva e eficiente da empresa, tanto interna quanto externamente. Esses pilares são equidade, transparência, prestação de contas e responsabilidade corporativa.

Ainda tem dúvidas sobre a importância da sustentabilidade em empresas? Leia nosso texto!



 

Governança, Ética e Compliance Corporativa: qual é a relação?

De acordo com o IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), a governança corporativa pode ser definida como “o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas”. 

Uma vez que temos que Compliance é responsável pela conformidade, ou seja, pelo cumprimento de normas e regras, garantindo “A transparência de suas atividades, mantendo-se distante de qualquer ilicitude'', fica claro que Compliance é pilar fundamental para a Governança corporativa.

Indo além, temos que ambos perpassam a ética corporativa, sendo essa um conjunto de valores, condutas, cultura e posicionamento de uma organização perante a sociedade.

Governança, ética e Compliance corporativo estão, portanto, interligados. Eles ajudam a fortalecer a imagem, transparência e reputação, na medida que apontam a seriedade e o compromisso na condução dos processos.

Eles reafirmam os valores de uma empresa, garantindo assim a imagem passada aos stakeholders.


Quais as vantagens de seguir boas práticas da Governança Corporativa?

As principais vantagens de seguir boas práticas são:

  • Evoluir consistente da agenda estratégica social e ambiental da empresa (ESG)
  • Atrair de investimento
  • Aumentar a visibilidade de mercado
  • Prevenir problemas, erros e fraudes
  • Facilitar a captação de recursos
  • Reduzir o custo do capital
  • Melhorar o desempenho operacional
  • Controlar o abuso de poder, uma vez que as decisões não estão na mão de uma só pessoa
  • Promover relações transparentes com stakeholders
  • Evitar o conflito de interesses
  • Impedir o uso de informação privilegiada por poucos interessados.

 

ESG é uma das práticas mais valorizadas pelo mercado atualmente. Entenda melhor sobre o que se trata neste texto!



 

Como colocar a governança corporativa em prática?

Alguns passos podem te ajudar a começar! Veja:

 

Fortaleça ou construa um Conselho Administrativo

O Conselho de administração monitora o trabalho dos gestores e elabora a estratégias da organização.
 
Além disso, é peça fundamental da governança corporativa pois fornecem credibilidade e confiança aos acionistas.
 
Por isso, é essencial que sua composição leve em consideração questões sociais, como:

  • Diversidade de gênero e raça
  • Política de gestão de pessoas
  • Código de conduta
  • Escolha e avaliação de auditoria independente
  • Entre outros.

 

 

Estabeleça uma hierarquia clara

É importante estabelecer uma hierarquia clara, dividida por funções, levando em conta as habilidades de cada membro da equipe.

Cada colaborador precisa saber exatamente a quem recorrer para alinhar suas expectativas, definir tarefas e elencar prioridades.

Muitas companhias investem em treinamentos, para que todos do time se alinhem às expectativas e ajam de acordo com os valores da empresa. Isso facilita também a gestão da liderança. 

É um caminho interessante a seguir!

Organize reuniões frequentes com o time

 

As reuniões entre diretores, sócios, equipes e conselho são um momento ideal para repassar diretrizes, definir o plano de ações e acompanhar projetos em aberto na empresa.

 

É a partir dessas reuniões que a empresa terá uma visão geral dos diversos processos. Ela precisa verificar a possibilidade de delinear novas estratégias e planos de ação referentes a diferentes indicadores e metas.

Para isso, é imprescindível que essas reuniões sejam registradas por meio de atas para prestar contas futuras.

Assim, o espírito de equipe é enfatizado. Afinal, todos poderão acompanhar tudo o que as demais áreas fazem pela companhia, agregando também com ideias complementares!

Crie Conselhos Consultivos específicos

O Conselho Consultivo é composto por três a cinco profissionais de diferentes perfis, vivência de mercado e que já passaram por vários desafios nas suas carreiras.

 

Esses profissionais de confiança viabilizam que cada tarefa seja resolvida em um departamento, otimizando tempo e tornando o fluxo mais organizado

Ah, é importante destacar que o Conselho Consultivo difere do um Conselho Administrativo!

Enquanto o Conselho Consultivo ajuda a empresa desde o início da implantação da governança corporativa, o Conselho Administrativo começa a exercer sua função apenas nas etapas mais à frente.

 

Aplique uma cultura transparente

É importante demonstrar transparência interna e externamente. A garantia de confiança é um ponto forte e que chama a atenção de acionistas. 



Modelos de governança corporativa

 

A governança corporativa não é um conceito fixo, com um único modelo a ser seguido universalmente. Pelo mundo, diferentes regiões e suas culturas influenciaram a criação de culturas corporativas distintas. Elas variam em tipos de gestão, financiamento, relevância do mercado de capitais, entre outros aspectos.

Os modelos de governança corporativa são:

  • Modelo anglo-saxão
  • Modelo alemão
  • Modelo japonês
  • Modelo latino-europeu
  • Modelo latino-americano


Índice de governança corporativa

O índice de governança corporativa (ou IGC) foi criado pela Bovespa. Ele avalia o desempenho e rendimento de empresas com bons resultados de governança corporativa.

Entre as diferentes vertentes dessa métrica, destaca-se o IGC-NM: ele avalia empresas com ações de Novo Mercado (uma série de práticas que elevam a empresa ao mais alto nível de governança corporativa). De modo geral, quanto mais elevado o IGC de uma empresa, melhor seu posicionamento no mercado e mais atrativa ela é para potenciais investidores.


 

Governança corporativa no Brasil

 

 

Um estudo do IBGC realizado em 2004 mostrou que a adoção das melhores práticas de governança corporativa têm se expandido muito nos últimos anos em mercados desenvolvidos e em desenvolvimento.

Essa adesão é feita de forma voluntária e é aí que entram os níveis definidos pela Bovespa, que se diferem pelo grau de aderência da companhia a essas práticas.

Veja a relação de artigos sobre o tema desde 1999 no Brasil: 



 A governança dentro do ESG

Para além do resultado financeiro, ela se mescla às boas práticas de sustentabilidade em uma companhia (até no dia a dia dos investidores).

A governança da Raízen é um exemplo disso! Respeitamos a tradição com um olhar disruptivo para o futuro. 

Isso porque herdamos de nossos acionistas – Royal Dutch Shell e Cosan – um modelo de governança corporativa pautado em ética, transparência, segurança e geração de resultados.

Portanto, temos um conselho de administração que conta com uma estrutura de comitês estatuários, o que nos ajuda a identificar riscos e oportunidades. Eles são:

  • Comitê de Finanças
  • Comitê de Auditoria
  • Comitê de Remuneração
  • Comitê de Responsabilidade Social Corporativa

Além deles, também contamos com comitês executivos, onde colaboradores e colaboradoras de diferentes áreas e nível hierárquicos se organizam para a discussão de temas relevantes para o aprimoramento de práticas corporativas. Eles são:

  • Comitê de Ética
  • Comitê de Compliance
  • Comitê de Diversidade e Inclusão 
  • Comitê de Povos Indígenas
  • Comitê de Saúde, Segurança e Meio-Ambiente (SSMA)
  • Comitê de Sustentabilidade
  • Comitê de Riscos de Mercado
  • Comitê de Investimentos
  • Comitês de Governança para cada negócio

 

Vem conhecer mais sobre nossa metodologia de identificação e gestão de riscos e oportunidades!

 

 

Agora que você já está por dentro de tudo o que engloba a governança, confira uma breve análise de como foi a governança corporativa por aqui, no ano de 2020-2021! Clique para ver o relatório.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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